Intubação nasotraqueal é melhor para pacientes neurocríticos?

Intubação nasotraqueal

Olá, laringoscopista. 

O manejo do paciente neurocrítico muitas vezes requer medidas especializadas para evitar o surgimento de uma segunda lesão.

Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) não é diferente, diversos pontos — sedação, parâmetros da ventilação mecânica, pressão arterial, SpO2 — devem ser minuciosamente monitorizados.

Hoje discute-se sobre o impacto da troca da intubação orotraqueal (IOT) para a intubação nasotraqueal (INT) com o objetivo de reduzir o tempo de ventilação mecânica nesses pacientes.

Nesse sentido, um estudo — Nasal/orotracheal tube switch to reduce length of mechanical ventilation in neurocritical patients: A propensity score matched analysis — publicado na Revista Española de Anestesiologia e Reanimação em janeiro de 2023 avaliou o impacto da intubação nasotraqueal sobre o prognóstico de pacientes neurocríticos.

O objetivo do estudo foi avaliar se a intubação nasotraqueal pode reduzir o tempo de ventilação mecânica em pacientes neurocríticos quando comparada à intubação orotraqueal padrão. 

Como o estudo foi realizado 

– Este foi um estudo de coorte retrospectivo;

– 4.030 pacientes foram avaliados, mas apenas 312 foram incluídos na análise;

– Todos os pacientes estavam internados em UTI neurocrítica. 

Resultados

– O tempo de ventilação mecânica em pacientes submetidos à intubação nasotraqueal precoce foi menor do que os pacientes submetidos à IOT;

– A necessidade de sedativos e o tempo de sedação foi significativamente menor em pacientes com intubação nasotraqueal;

– Não houve diferença estatisticamente semelhante em relação às complicações associadas aos procedimentos com o tempo de permanência intra-hospitalar semelhante.

Conclusão 

O estudo evidencia que a intubação nasotraqueal para o manejo de pacientes neurocríticos admitidos em UTIs foi associada à menor necessidade de sedativos, levando a um tempo de ventilação mecânica mais curto. O autor aponta a necessidade de mais estudos para confirmar os achados.

Para mais detalhes sobre o estudo, clique no link abaixo:

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36621571/

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