O que pode causar falha na ventilação não invasiva na COVID-19?

Profissional prestes a fazer intubação orotraqueal em paciente

Olá, laringoscopista. 

Nós sabemos que uma das complicações da infecção pelo novo coronavírus é a insuficiência respiratória.

A intubação orotraqueal (IOT) pode ser uma opção terapêutica para casos graves com dispositivos de ventilação não invasivos.

Nesse cenário, procura-se identificar os métodos de ventilação não invasivos mais efetivos para esses pacientes e os fatores que podem causar a falha na ventilação.

Nesse sentido, um estudo — Factors associated with non-invasive positive pressure ventilation failure in a COVID-19 intermediate care unit — publicado no International Journal of Emergency Medicine em maio de 2023, avaliou os fatores associados à falha na ventilação não invasiva com pressão positiva em pacientes com COVID-19.

O objetivo do estudo foi avaliar os principais fatores associados à falha na ventilação não invasiva com pressão positiva em pacientes hipoxêmicos com COVID-19 internados em unidades de cuidados intermediários. 

Como o estudo foi realizado 

– Esse foi um estudo observacional retrospectivo;

– 163 pacientes foram incluídos no estudo;

– Todos os pacientes estavam com hipoxemia por COVID-19 e foram submetidos à ventilação não invasiva com pressão positiva (VNIPP);

– A VNIPP incluiu a ventilação de alto fluxo, CPAP e ventilação não invasiva.

Resultados

– Houve falha na VNIPP em 66 pacientes, dos quais 26 foram intubados e 40 faleceram durante a internação;

– Os fatores associados à falha foram: altos níveis de PCR e uso de morfina;

– Já os fatores associados a um melhor desfecho foram: adesão ao posicionamento prona e maior contagem de plaquetas durante a internação.

Conclusão

O estudo evidenciou que altos níveis de PCR na internação e o uso de morfina estão associados à falha na ventilação não invasiva com pressão positiva em pacientes internados com hipoxemia por COVID-19. Já o posicionamento prona e o nível alto de plaquetas se associaram a um melhor desfecho.

Para mais detalhes sobre o estudo, clique no link abaixo:

https://intjem.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12245-023-00510-3

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