Qual altura da mesa facilita a intubação orotraqueal do paciente?

Intubação orotraqueal em boneco

Olá, laringoscopista. A intubação orotraqueal (IOT) é um procedimento que idealmente deve ser realizado com apenas uma tentativa para não piorar o prognóstico do paciente.

Contudo, sabemos que o sucesso na primeira passagem da IOT depende de inúmeros fatores, sendo um deles o posicionamento do paciente.

Assim, há divergência entre os laringoscopistas sobre a altura que o paciente deve estar para que as dificuldades relacionadas ao posicionamento sejam reduzidas.

Nesse sentido, um estudo — A prospective randomized study of diferent height of operation table for tracheal intubation with videolaryngoscopy in ramped position — publicado no BMC Anesthesiology em dezembro de 2022, avaliou a influência da altura da mesa cirúrgica com o tempo para intubar o paciente.

O objetivo do estudo foi avaliar a influência da altura da mesa cirúrgica em rampa sobre o tempo para a intubação orotraqueal usando um videolaringoscópio.

Como o estudo foi realizado

– Esse foi um estudo prospectivo randomizado;

– 152 pacientes foram selecionados, mas 144 cumpriram os critérios de inclusão;

– Os pacientes foram aleatoriamente alocados em dois grupos de acordo com a altura da mesa cirúrgica: grupo umbilical e grupo mamilo;

– Não havia diferença significativa em relação à via aérea dos pacientes;

– A indução anestésica foi realizada com remifentanil, propofol e rocurônio, e a laringoscopia foi realizada com o videolaringoscópio McGrath MAC.

Resultados

– O tempo para a laringoscopia foi cerca de 6 segundos a menos para o grupo umbilical;

– Já o tempo para a inserção do tubo foi de 18 segundos para o grupo umbilical e de 24 segundos para o grupo mamilo;

– O tempo total para a intubação foi menor no grupo umbilical.

– Não houve diferença significativa em relação à dificuldade para a ventilação com máscara entre os grupos;

– A pontuação no The Intubation Difficulty Scale (IDS) apontou que o grupo mamilo apresentou maior dificuldade para a intubação.

Conclusão 

O estudo aponta que o posicionamento do paciente mais baixo — a nível umbilical do laringoscopista — reduz a dificuldade para a intubação orotraqueal e apresenta um tempo de laringoscopia menor, quando comparado com o posicionamento mais elevado — a nível mamilar do laringoscopista.

Para mais detalhes sobre o estudo, clique no link abaixo:

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36476332/

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