Olá, laringoscopista.
A intubação orotraqueal (IOT) se trata de um procedimento salvador de vidas, porém não é isento de riscos.
A administração dos sedativos e as condições clínicas do paciente podem estar relacionadas a ocorrência de eventos adversos, como o laringoespasmo.
Entretanto, ainda não há um consenso sobre quais são os principais fatores desencadeantes do laringoespasmo durante a sedação de pacientes pediátricos.
Nesse sentido, um estudo — Predictors of Laryngospasm During 276,832 Episodes of Pediatric Procedural Sedation — publicado no Annals of Emergency Medicine em junho de 2022, avaliou os fatores associados à incidência de laringoespasmo durante a sedação de pacientes pediátricos.
O objetivo do estudo foi analisar os principais fatores preditores e desencadeantes de laringoespasmo durante a sedação para a intubação orotraqueal de pacientes pediátricos.
Como o estudo foi realizado?
– Esse foi um estudo de coorte observacional retrospectivo multicêntrico.
– 276.832 pacientes foram analisados, mas apenas 913 cumpriram todos os critérios de inclusão.
– Os pacientes incluídos apresentavam idade menor que 22 e foram submetidos à sedação para a intubação orotraqueal.
– O desfecho primário foi o surgimento do laringoespasmo.
Resultados
– Os principais fatores de risco foram: menor idade; maior pontuação no escore ASA; infecção de via aérea superior associada;
– A realização de procedimento nas vias aéreas foi associada a uma maior incidência de laringoespasmo;
– A combinação de drogas propofol + cetamina ou propofol + dexmedetomidina também foi relacionada a uma maior incidência desse efeito adverso.
Conclusão
O estudo sugere que a ocorrência do laringoespasmo apresenta relação com fatores associados ao paciente, com o procedimento a ser realizado com as drogas administradas para a realização da intubação orotraqueal.
Para mais detalhes sobre o estudo, clique no link abaixo: